Respirar é algo que a gente aprende a fazer automaticamente desde que saímos do útero. Chega a ser engraçado o quanto a gente esquece da importância dos pulmões, que estão o tempo todo trabalhando para nos manter vivos. Quando algo está errado, porém, a preocupação logo chega: doenças respiratórias e males que afetam o pulmão deixam as pessoas apreensivas. Um nódulo pulmonar, então, pode parecer o fim do mundo para muita gente.
Mas calma: hoje vamos falar mais sobre os nódulos no pulmão e desmistificar um pouco deste problema.
Nódulo pulmonar é câncer?
Não necessariamente. Um nódulo no pulmão pode ser uma pequena sequela ou cicatriz de alguma infecção pulmonar antiga, como pneumonia ou tuberculose. Nestes casos, o nódulo é benigno. A boa notícia é que mais de 90% dos nódulos com menos de 2 cm de diâmetro são benignos.
Um fato curioso é que os nódulos no pulmão geralmente são descobertos por acaso, em exames de raio X do tórax ou tomografias computadorizadas. E, se quer mais uma estatística positiva, é que mais de 90% dos casos descobertos assim, por acidente, os nódulos são benignos.
Um nódulo benigno e um maligno têm características distintas (tamanho, nível de calcificação e contornos claros ou difusos, por exemplo), mas exames e acompanhamento são recomendados para descartar a possibilidade de câncer.
Como já mencionei em outro artigo, tabagismo e exposição a certas substâncias químicas aumentam as chances de um nódulo ser maligno, o que, por sua vez, pode dar origem a um câncer de pulmão.
Ou seja, um nódulo no pulmão não necessariamente é um câncer. Mas qualquer anomalia encontrada em um exame de rotina deve ser acompanhada de perto por um médico especialista, que vai solicitar outros exames para definir se ele precisa ou não ser tratado.
Como tratar um nódulo do pulmão?
Se o nódulo apareceu por conta de uma infecção como a tuberculose, tratar a doença geralmente resolve o problema. O nódulo pode inclusive desaparecer, em alguns casos. Os que não desaparecem tendem a se calcificar, dando origem aos nódulos benignos que mencionei acima.
Um nódulo benigno, pequeno, geralmente não precisa ser tratado, pois ele não afeta a saúde ou a capacidade respiratória da pessoa. Porém, é feito um acompanhamento preventivo para garantir que o nódulo não aumenta de tamanho, nem altera suas características.
O nódulo maligno, por sua vez, pede algumas intervenções. Primeiramente, é retirada uma pequena parte dele, para confirmação diagnóstica. Se o exame confirmar a presença de células cancerosas, o médico deve estudar qual é o próximo passo mais apropriado.
O tipo de tratamento a que o paciente deverá ser submetido dependerá do quadro clinico e radiológico de cada paciente. O estadiamento do paciente deverá ser avaliado através de outros exames para viabilizar o tipo de tratamento a qual deverá ser submetido, desde cirurgia , quimioterapia e radioterapia , associados ou não.
Como prevenir?
Como em diversas outras doenças, o diagnóstico precoce pode otimizar bastante o tratamento. Neste caso, check-ups e exames de rotina podem detectar nódulos pulmonares “sem querer”, então cuidar da saúde e visitar o médico regularmente são formas práticas de prevenção. Não fumar também diminui bastante as chances de nódulos malignos e câncer.
Resumindo, cuidar-se e ter hábitos saudáveis faz a diferença. Se ficou com alguma outra dúvida sobre nódulo pulmonar, deixe um comentário.